O que fazer?

Sempre gosto de repetir que o ofício de professor é um dos mais difíceis que há, contrariando o senso comum que é só colocar alguém na frente distribuindo informações. Abaixo coloco algumas coisas que tento realizar em minha vida profissional e considero fundamentais num bom professor.

Embora a produção do conhecimento seja caótica, sua transmissão não deve ser, assim um bom professor deve se preocupar com a organização do pensamento, com uma linha de raciocínio que sua aula deve seguir.

Temos um programa a completar, mas as etapas de cumprimento do mesmo são determinadas pelo professor, o que permite criatividade na escolha de recursos didático-pedagógicos, os quais facilitam o entendimento e o aprendizado.

A aula existe para os alunos aprenderem, não para as paredes ou para o engradecimento do ego de alguns. Interaja, converse, observe, tenha a empatia de perceber se o que você explica repercute de alguma forma nas pessoas que estão a sua volta.

Avalie periodicamente a assimilação da informação transmitida, pois mesmo que valorizemos o entendimento, há a necessidade da memorização daquele para utilização futura.

Utilize os “novos” elementos midiáticos. Os alunos estão imersos num mundo de bugigangas tecnológicas que permitem interatividade, velocidade na busca da informação, multifuncionalidade nos diversos aparelhos e a escola muitas vezes insiste em considerar tais elementos desnecessários ou deletérios. Por favor, vivemos no século XXI, não no século XIX.

Por último, considero que o ponto mais importante é dar uma aula que nós mesmos sentiríamos prazer em assistir ou, com outras palavras, ser o professor que nós gostaríamos de ter quando éramos estudantes.

Comentários

Mariana Mendes disse…
Se todos os professores fossem assim, com certeza o Brasil seria outro!
Gabriel Iung disse…
Concordo com boa parte do texto, inclusive ao que diz respeito do diálogo em sala de aula, que remete a contestação do conteúdo apresentado. Na minha humilde opinião, somente confrontando as idéias pode-se chegar a captação crítica do conteúdo.
Sobre a utilização dos novos recursos midiáticos, creio que deve ser usado com cautela para que não haja dispersão, afinal nossas bases foram criadas com giz e quadro negro e é difícil romper com esse paradigma, acredito que esses novos recursos tenham que ser utilizados justamente nos primeiros anos da caminhada escolar.